Fernando Rodrigues

Fernando Rodrigues, por Diego Moura
(São João da Boa Vista, SP – 6 de abril de 1963)

Quem é: Até a 8ª série estudou em colégio estadual e fez curso técnico em eletrônica, porém aos 17 anos conseguiu uma bolsa de estudos para concluir o segundo grau na Bélgica, por meio de uma ONG sem fins lucrativos. Aprendeu, ou pelo menos teve um grande contato, com uma gama de idiomas, como francês, inglês, espanhol e até holandês. Isso tudo nos anos 1980 e 1981. Hoje, Fernando Rodrigues é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (1985). No ano seguinte à formatura, foi à City University, em Londres, onde, em 1987, concluiu seu mestrado em jornalismo internacional. Ao chegar ao Brasil, bateu à porta dos jornais Folha de S. Paulo e JT e da revista Veja. A Folha atendeu. Em novembro de 1987 inicia sua carreira como repórter de Economia. Trabalha até hoje nesse jornal e transitou por várias áreas, desde colunista, repórter “simples” e especial, até corresponde no Brasil e no exterior, júnior e sênior. Hoje, atua na Sucursal de Brasília, desde 1996.

Qual a sua importância: É amplamente reconhecido pelo seu trabalho jornalístico com ênfase em política. Tal qual Carl Bernstein e Bob Woodward, que tiveram acesso a informações exclusivas por meio de uma fonte obscura e levaram o presidente Nixon a renunciar, Fernando Rodrigues obteve de sua fonte (“Senhor X”) gravações exclusivas. Elas revelavam o pagamento de 200 mil reais pelos governadores Orleir Cameli, do Acre, e Amazonino Mendes, do Amazonas a deputados (Ronivon Santiago, João Maia, Zila Bezerra, Osmir Lima e Chicão Brígido) para que votassem a favor da mudança que permitiu a reeleição em 1997. Não derrubou um presidente, mas fez com que deputados fossem expulsos de seu partido e renunciassem a seus mandatos. E em 2000, iniciou, no UOL, uma página intitulada Políticos do Brasil. Nesse ambiente, trabalha com dados estatísticos e análises sobre as eleições, pesquisas de opinião e partidos políticos.

Como podemos conhecê-lo: Escreveu o livro Políticos do Brasil - Uma Investigação Sobre o Patrimônio Declarado e a Ascensão Daqueles que Exercem o Poder (2006, Publifolha) e foi co-autor de outras duas obras: Os Donos do Congresso - A Farsa na CPI do Orçamento (Prêmio Jabuti de livro-reportagem em 1993) e Racismo Cordial, de 1994, ambos editados pela Ática. Ganhou 4 prêmios Esso: Prêmio Esso de Jornalismo de 1997 (reportagem sobre a compra de votos na votação da emenda da reeleição); Prêmio Esso de Melhor Contribuição à Imprensa em 2002 (reportagens e o banco de dados Controle Público, que tem mais de 6.000 declarações de bens de políticos); Prêmio Esso de Melhor Contribuição à Imprensa em 2003 (relato sobre venda reportagem na mídia do Estado do Paraná) e Prêmio Esso de Melhor Contribuição à Imprensa em 2006 (livro e site "Políticos do Brasil"). O trabalho Controle Público também foi premiado em 2002 com o Líbero Badaró de Webjornalismo e com o Prêmio para Internet da Fundación Nuevo Periodismo Internacional, presidida pelo escritor colombiano Gabriel García Márquez.

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